terça-feira, 7 de junho de 2016

ESPORTE CLUBE BAHIA - SALVADOR ( BA )

                ESPORTE CLUBE BAHIA 








No dia 8 de dezembro de 1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, os ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis Carlos Koch, Eugênio Walter (Guarany) Fernando Tude e Júlio Almeida; e Waldemar de Azevedo, ex- Associação Atlética da Bahia, num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a formação de um novo time de futebol.

O grupo está sem poder praticar o esporte que amam porque as agremiações que defendiam resolveram acabar com os departamentos de futebol no corrente ano.

No dia 12/12, mais de 70 pessoas, a maioria ex-atletas da AAB e do Bahiano, reúnem-se para definir os rumos do novo clube. A assembléia é presidida por Otavio Carvalho e secretariada por Fernando Tude e Aroldo Maia.

Naquela reunião, são definidas as cores da Bahia para o novo clube - uniforme com a camisa branca e o calção azul com uma faixa vermelha na cintura. Otavio Carvalho é nomeado presidente provisoriamente.

O Ano de 1931

O Esporte Clube Bahia é fundado, sob o slogan "Nascido para vencer", no dia 1° de janeiro de 1931, em reunião realizada na casa n° 57 da Rua Carlos Gomes, em Salvador. O grupo de fundadores do Bahia é formado em sua maioria por ex-jogadores da AAB e do Bahiano, sem participação na diretoria dos mesmos, considerados integrantes da "pequena-burguesia" soteropolitana da época. Eram profissionais liberais, funcionarios públicos, jornalistas, micro-empresarios e estudantes. O que confirma a tese de que o Bahia, desde o principio, não era um time de grã-finos e tinha sim mais afinidade com as camadas populares.

O Distintivo

Baseado no distintivo do Corinthians Paulista e valorizando a bandeira do estado, o distintivo do Bahia é desenvolvido por Raimundo Magalhães. Os Estatutos são aprovados e a primeira diretoria oficial é eleita, por aclamação. O médico Waldemar Costa é o primeiro presidente do Bahia.

Em 16/01 são publicados no Diario Oficial da Bahia os estatutos do Tricolor, que passa a existir legalmente.

A primeira vez

No dia 20/02, o Bahia é filiado à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, atual Federação Bahiana de Futebol. E, Em 22/02, um domingo, o Bahia realiza seu primeiro treino, no Campo da AAB, na Quinta da Barra, em Salvador.

Primeiro jogo e título

Em 01/03/1931, o Tricolor entra em campo pela primeira vez e confirma o slogan "nascido para vencer". A vitima foi o Ypiranga, por 2 a 0, com gols de Bayma e Guarany. O goleiro Teixeira Gomes ainda defende um pênalti cobrado pelo ypiranguense Hipólito. Válida pelo Torneio Inicio do Estadual, a partida tem apenas 20 minutos de duração. Coube a Bayma, aos dois minutos da etapa inicial, a honra de marcar o primeiro gol com a camisa do Bahia. Fato interessante é que o jogador é sobrinho de Zuza Ferreira, que trouxe o futebol para o Estado. O Bahia jogou com a seguinte formação: - Teixeira Gomes; Leônidas e Gueguê; Milton, Canoa e Gia; Bayma, Guarany, Gambarrota e Pega-Pinto. O técnico é João Barbosa e o arbitro, Francelino de Castro. No mesmo dia 01/03, o Bahia conquista o primeiro titulo de sua história, o Torneio Inicio do Baianão de 1931. A taça vem com uma goleada no segundo jogo do dia, contra o Royal, por 3 a 0. Gols de Guarany (2) e Pega-Pinto.






LEÔNIDAS, ODILON,  TEIXEIRA GOMES, MILTON, LANOA e GIA, RUBINHO, RAUL, GAMBARROTA , GUARANY e BAYAMA. - BAHIA CAMPEÃO DE 1931




- Em 22/03, o Bahia estréia no Estadual. Com gols de Bayma Guarani e Rubem.

- Em abril, Tricolor faz seu primeiro jogo internacional, mas perde para o Sud América, do Uruguai.

- Em 11/10, o Bahia faz seu primeiro jogo intermunicipal, contra o Vitória de Ilhéus e vence por 5 a 4.

- Em 24/10, no primeiro jogo fora do estado, o Tricolor bate o Sergipe por 2 a 0. Um dia depois, 5 a 0 no Guarany/SE. Os dois jogos são em Aracaju.

- Em 25/10, mesmo longe de Salvador e sem precisar entrar em campo, o Bahia conquista o primeiro titulo de Campeão Baiano. A taça vem com a derrota do Botafogo para o Ypiranga, por 2 a 0, que impossibilita o "fogão" de ultrapassar o Tricolor. O Clube comemora o titulo com duas rodadas de antecedência para o fim do Estadual. A Delegação faz a festa em Aracaju mesmo e é acompanhada pela população da cidade, que varou a madrugada contagiada pela alegria tricolor.

- Em 15/11, Bahia entra em campo contra o Ypiranga. Com o titulo garantido, a motivação é não perder no Campo da Graça para sagrar-se Campeão Invicto. Tricolor consegue empate em 2 a 2 aos 33 minutos, com o gol de Milton Bahia e mantém invencibilidade.

CURIOSIDADE
Poucas pessoas sabem, mas o escudo do Bahia foi inspirado no escudo do Corinthians Paulista. A âncora foi retirada e a bandeira de São Paulo foi trocada pela bandeira da Bahia. O preto foi trocado pelo azul e no lugar de S. C. Corinthians Paulista - 1910, foi colocado Esporte Clube Bahia - 1931.


1959 - TAÇA BRASIL - O PRIMEIRO CAMPEÃO BRASILEIRO 


competição nacional foi pioneira e precursora do Campeonato Brasileiro. A conquista credenciou o Bahia como primeiro representante do Brasil na Taça Libertadores da América.

A Taça foi conquistada numa finalíssima histórica, contra o Santos do Rei Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos, no Maracanã, no dia 29 de março de 1960. O Tricolor venceu por 3 a 1, com gols de Vicente, Léo e Alencar. A partida foi a terceira da fase decisiva. Na primeira, em plena Vila Belmiro, o Tricolor venceu por 3 a 2. Na segunda, na Fonte Nova, o peixe deu o troco – 2 a 0.

No jogo desempate, o Bahia fez 3 a 1, atuando com Nadinho; Nenzinho, Henrique e Beto; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba. O Esquadrão de Aço era presidido pelo lendário Osório Villas Boas, um dos dirigentes mais polêmicos e controversos da história tricolor.

No banco de reservas, o comando era de era treinado por Efigênio Bahiense, o Geninho. Ele ficou notime até o segundo jogo contra o Santos. Na finalíssima, no Maracanã, o treinador foi Carlos Volante.

Primeira competição nacional de clubes no país, a Taça Brasil de 1959 foi disputada no sistema mata-mata, reunindo os principais campeões estaduais do ano anterior. Santos, São Paulo, Vasco da Gama, Atlético/PR, Atlético/MG, Grêmio, Sport/PE, Rio Branco/ES, Hercílio Luz/SC, Auto Esporte/PB, ABC/RN, Ceará/CE, CSA e Tuna Luso, além do Bahia, Campeão Baiano de 1958, disputaram o certame.

As primeiras fases foram regionalizadas. Depois de eliminar CSA, Ceará e Sport, o Bahia encarou o Vasco, nas semifinais – dando aos cariocas o mesmo destino dos rivais anteriores.

Na conquista do primeiro Campeonato Nacional realizado pela Confederação Brasileira de Desportos, entidade máxima do futebol na época, o Bahia disputou 14 jogos, venceu nove, empatou dois e perdeu três, marcou 25 gols e sofreu 18. De quebra, o Tricolor fez ainda o artilheiro da competição – Léo, com oito gols.

A base que conquistou a taça foi formada por - Nadinho; Leone e Henrique; Flávio, Vicente e Nenzinho; Marito, Alencar, Léo, Bombeiro (Mário) e Biriba.




Ficha da final - 3° jogo (desempate)
EC BAHIA 3 x 1 SANTOS FC

Data: 29 de março de 1960, no Maracanã, Rio de Janeiro, 21 horas
Arbitragem: Frederico Lopes (RJ), auxiliado por Wilson Lopes de Souza e Ailton Vieira de Moraes.
Expulsões: Getúlio, Formiga, Coutinho e Dorval (Santos); Vicente (Bahia)
Gols: Coutinho aos 27 e Vicente aos 37 minutos do primeiro tempo; Léo aos 47 segundos e Alencar aos 31 minutos do segundo.
Bahia: Nadinho, Beto, Hermínio e Nelsinho; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba. Técnico: Carlos Volante.
Santos: Lalá, Getúlio, Mauro e Zé Carlos; Formiga e Zito; Dorval, Mário, Pagão, Coutinho e Pepe. Técnico: Lula.










              



   

           CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1988 :


Para chegar ao tão cobiçado título, o Tricolor jogou 29 vezes, venceu 13, empatou quatro e perdeu cinco. O regulamento da competição previa cobrança de pênaltis nos jogos das fases classificatórias que terminassem empatados. Destes, o Bahia venceu quatro e perdeu três. O time fez 33 gols e sofreu 23. O triunfo no tempo normal valia três pontos. Nos pênaltis, dois. O Esquadrão de Aço fez 52 pontos.

O Bahia teve a maior renda da competição e ficou com a segunda melhor media de público, atrás apenas do Flamengo – 26.529 pessoas. O jogo do Tricolor que atraiu mais torcedores foi a semifinal contra o Fluminense, na Fonte Nova, assistida por mais de 110 mil pessoas – a maior platéia do estádio em todos os tempos.

A partir da conquista inédita, o Esquadrão passou a utilizar duas estrelas douradas acima do seu distintivo – alusivas aos títulos da Taça Brasil, em 1959, e do Brasileirão de 1988. O título credenciou o Bahia a disputar sua terceira Taça Libertadores da América.

Foram campeões – os goleiros Ronaldo, Sidmar e Rogério; os laterais Tarantini, Maílson e Edinho; os zagueiros João Marcelo, Claudir, Pereira e Newmar; os meias Paulo Rodrigues, Gil, Bobô, Sales e Zé Carlos; e os atacantes Renato, Osmar, Charles, Marquinhos, Dico e Sandro; além dotécnico Evaristo de Macedo. O clube era presidido à época por Paulo Maracajá.




- Zé Carlos, com nove gols, foi o artilheiro do Bahia no Campeonato. Bobô foi o vice, com sete. Três jogadores do Bahia fizeram parte da Seleção do Brasileiro elaborada pela revista Placar, e ganharam a Bola de Prata – Pereira, Paulo Rodrigues e Bobô. A média do goleiro Ronaldo (7,38) foi maior que a do Bola de Ouro Taffarel (7,37). O arqueiro tricolor só não levou o prêmio máximo porque disputou 11 partidas – uma a menos do que o mínimo exigido pelo regulamento da revista para concorrer ao troféu.



Jogo Final - INTERNACIONAL 0x 0 BAHIA
19/fevereiro/1989 - Local: Beira Rio (Porto Alegre-RS)
Juiz: Dulcídio Wanderley Boschilia (SP)
Público Presente: 79.598 espectadores
Cartão Amarelo: Norberto, João Marcelo e Gil
INTERNACIONAL : Taffarel, Luís Carlos Winck, Norton, Aguirregaray e Casemiro; Norberto, Luís Fernando e Luís Carlos Martins; Maurício (Hêider), Nílson e Edu Lima (Diego Aguirre). Técnico: Abel Braga.
BAHIA : Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir (Newmar) e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil Sergipano, Zé Carlos e Bobô (Osmar); Charles e Marquinhos. Técnico: Evaristo de Macedo.















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