quarta-feira, 26 de julho de 2017

GUARANI FUTEBOL CLUBE - CAMPINAS [ SP ]

              GUARANI FUTEBOL CLUBE

História

Notabilizado por ser o primeiro e único campeão brasileiro do interior do País, o Guarani revelou jogadores de projeção mundial, como Careca, Amaral, Júlio César, Deco, EvairAmorosoLuisão, Mauro Silva, Neto, Edu Dracena, Elano, João Paulo e Jonas, além de ter tido em seu elenco jogadores nacionalmente destacados, como Zenon, Renato, Edilson, Ricardo Rocha, Jorge MendonçaDjalminha e Neneca.
Os 12 jovens, Vicente Matallo (18 anos, primeiro presidente) e Antonio de Lucca (16), os italianos Pompeo de Vito (15 anos), seu irmão Romeo Antonio de Vito (16), Angelo Panattoni (16), José Trani (16), Luiz Bertoni (19), José Giardini (18), Miguel Grecco (17), Julio Palmieri (16) e Hernani Felippo Matallo (16), além de Alfredo Seiffert Jaboby Junior (18), que era o único de família oriunda da Alemanha, se encontraram no dia 1 de abril de 1911, na Praça Carlos Gomes, quando escolheram o nome em homenagem à ópera Il Guarany (título original em língua italiana. A tradução para a língua portuguesa é "O Guarani"), obra mais conhecida do maestro e compositor clássico Carlos Gomes (baseada no romance homônimo de José de Alencar), um dos mais ilustres cidadãos nascidos na cidade de Campinas.
A data de fundação oficial, no entanto, foi transferida para o dia seguinte, para evitar piadas em relação ao Dia da Mentira.
O Guarani disputou a 1ª Divisão do Campeonato Paulista da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) de 1927 a 1931, com ótimas participações, passando depois a disputar os Campeonatos Amadores do Interior.
Depois da conquista de um vice-campeonato em 1943, o Guarani sagrou-se campeão do interior em 1944, sendo, em seguida, o primeiro clube do interior a ser campeão estadual amador, após superar os amadores da Sociedade Esportiva Palmeiras, campeões da capital.
Em 1946, foi, novamente, vice campeão do interior. Somente em 1947 tornou-se profissional, juntamente com outros clubes do interior que passaram a ter esse direito.
Em 1948, o XV de Piracicaba foi o primeiro campeão da divisão de acesso (2ª Divisão de Profissionais). O Guarani foi o segundo clube interiorano a chegar ao campeonato principal, ao vencer o campeonato da segunda divisão de 1949.
Em 1954, cedeu o primeiro jogador para uma Seleção Brasileira de Futebol, Fifi, que participou do Campeonato Sul Americano Juvenil na Venezuela. Em 1956, o goleiro Paulo Martorano foi o primeiro jogador do clube a ser convocado para a Seleção Brasileira Principal, sendo reserva de Gilmar nos 5 jogos do Campeonato Sul Americano (atual Copa América), disputado em Montevidéu, no Uruguai.
Em 1963, o Guarani teve novamente atletas convocados para a Seleção Brasileira principal: Tião Macalé, Oswaldo, Amauri Silva e Hilton Vaccari, que jogaram o Campeonato Sul Americano daquele ano, na Bolívia.
Os primeiros troféus da era profissional foram os do Torneio Início dos campeonatos paulistas de 1953, 1954 e 1956, a Taça dos Invictos da Gazeta Esportiva em 1970, o II Troféu Folha de S.Paulo, pelo tricampeonato do interior em 72-73-74, e a Taça Almirante Heleno Nunes (referente à conquista do primeiro turno do Campeonato Paulista) em 1976.
O auge dessa evolução seria marcado pelo inédito Campeonato Brasileiro, conquistado em 1978 com uma equipe na qual destacavam-se CarecaZenonRenato e o treinador Carlos Alberto Silva.
Até hoje, o Guarani é o único clube do interior do Brasil a ter conquistado o título da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, tendo sido ainda vice-campeão do Torneio dos Campeões em 1982, quando perdeu a final deste torneio nacional patrocinado e organizado pela C.B.F. para o America no Maracanã por 2 a 1.
O time chegaria ainda a dois vice-campeonatos brasileiros, em 1986 (em uma final inesquecível contra o São Paulo, decidida após uma prorrogação e disputa de pênaltis) e em 1987 (contra o Sport). No ano seguinte (1988) foi vice campeão Paulista, sendo batido pelo Corinthians na prorrogação da 2ª partida.
O Bugre foi um dos 20 membros do Clube dos 13, que congregou até 2011 os principais clubes de futebol do Brasil.
O Guarani, depois de ter passado por uma crise financeira seríssima, em 2011 chegou a estar entre os últimos colocados na Série B e ficou sem pagar salários aos jogadores durante 5 meses. Mesmo assim, superou a crise, não caindo para a Série C. Recuperado da turbulência, montou um time forte e sagrou-se vice-campeão do Campeonato Paulista de 2012.
Porém, em 2013, amargou o nono rebaixamento em 12 anos, sendo a quarta o rebaixamento para o Campeonato Paulista - Série A2 de 2014. Desde 2001, o Bugre caiu quatro vezes na Série A1 do Paulista (200120062009 e 2013[2]), uma vez no Torneio Rio-São Paulo (2002), duas vezes na Série A (2004 e 2010) e duas vezes na Série B do Brasileiro(2006 e 2012).
O Guarani ainda disputa a Série A2 do Paulistão e disputou a Série C do Brasileiro de 2013 a 2016. Sem fazer grandes campanhas na terceira divisão nacional (sequer avançava à segunda fase) e brigar contra o descenso à Série D, o time montou um forte elenco em 2016 e contratou o técnico Marcelo Chamusca, com isso, o time liderou seu grupo (Grupo B), fazendo a melhor campanha da primeira fase e avançando às quartas de final, onde superou o ASA de Arapiraca e avançou às semifinais, garantindo o acesso á Série B. Nas semifinais da Série C 2016, o Guarani fez história contra o ABC de Natal. No jogo de ida no Frasqueirão (casa do adversário), o Guarani foi goleado por 4 a 0 e parecia que o sonho de chegar à final tinha ido em vão, mas, no jogo de volta, em casa, o Bugre reverteu o que parecia impossível e goleou o ABC por 6 a 0, classificando-se para a final, quando ficou com o vice campeonato.

Estrutura

Estádio Brinco de Ouro

Seu estádio é o Brinco de Ouro da Princesa, inaugurado em 31 de maio de 1953, com capacidade atual para 32 453 pessoas.
O Guarani utilizou por cerca de dois anos o Ground da Villa Industrial, um campo de terra cedido pelo poder público. No ano de 1913, começou a alugar junto ao S.C. Commercial um campo de futebol situado no bairro Guanabara, popularmente conhecido como "Ground do Guanabara".
Pouco tempo depois, o Commercial encerrou suas atividades e o Guarani obteve uma permissão de uso gratuito com a família proprietária do terreno. Lá, treinou até o ano de 1920, quando após infrutíferas negociações do presidente Carmine Alberti com a prefeitura na tentativa de receber em doação um espaço de terra onde pudesse construir um estádio, decidiu reunir esforços para a compra daquela área do bairro Guanabara
O associado Egídio de Sousa Aranha teve papel importantíssimo na história do Guarani, pois conseguiu convencer a proprietária, sua tia Isolethe Augusta de Souza Aranha, a vender o terreno, de cerca de 20 000 metros quadrados, a um preço irrisório de 900 réis o metro.
Logo foi nomeada uma "Comissão Pró Estádio", presidida por João Pereira Ribeiro, e que desenvolveu todos os tipos de promoções para a arrecadação de fundos. Finalmente, em 15 de julho de 1923, foi inaugurado o primeiro estádio de futebol de Campinas, chamado de: "Estádio do Guarany".
Para a inauguração, o Bugre convidou o principal clube do futebol paulista na fase amadora , o Club Athletico Paulistano, com Friedenreich e muito mais. O Guarani venceu a partida inaugural por 1 a 0, gol de Zequinha. A escalação do Guarani na histórica partida: Pacheco, Joca e Tavares; Deputado, Juca e Joaquim; Miguel, Zéquinha, Barbanera, Nerino e Pilla.
O Estádio da Rua Barão Geraldo de Resende passou por várias reformas e ampliações, servindo ao clube até 1953. Nele, o Guarani recepcionou alguns dos maiores times do país, tendo, ali, mandado seus jogos pelos Campeonatos Paulistas de 1927; 1928; 1929; 1930; 1931; 1950; 1951 e 1952.
Com a chegada do profissionalismo ao interior, em 1947, o Guarani passou a ter um sério problema. O Estádio da Rua Barão Geraldo de Resende, no Guanabara, já não comportava o Clube, e a Federação Paulista de Futebol prometia criar a "Divisão de Acesso", dando chances aos principais clubes do interior a ingressar em seu Campeonato Paulista, sendo que todos tinham certeza de que o Bugre logo aproveitaria essa oportunidade. Neste caso, criaram uma Comissão liderada por Antônio Carlos Bastos para estudar as alternativas possíveis. Depois de polêmica, foram descartadas as possibilidades de nova reforma ou ampliação do antigo estádio. O Guarani precisava partir para uma área maior, ainda que não tão próxima ao Centro da cidade.
Surgiu, então, a Sociedade de Imóveis e de Administração Ltda., que propôs a troca do terreno do bairro Guanabara por uma área de 50 400 metros quadrados na chamada Baixada do Proença, pagando, ainda, ao Clube, em parcelas, dois milhões de cruzeiros. Faria também a sondagem e a terraplenagem do novo terreno. O negócio foi, então, concretizado.
Enquanto a equipe de futebol disputava a Divisão de Acesso de 1948, a Comissão Pró Estádio e os arquitetos Ícaro de Castro Melo e Oswaldo Correa Gonçalves desenvolviam seus estudos. O clube conseguiu junto à Imobiliária Paraíso a doação de uma área de 19 405 metros quadrados, anexa à negociada, e Arlindo de Sousa Lemos doou mais 2 920 metros quadrados. Definiu-se no projeto original que o estádio teria capacidade para 29 000 pessoas e seria construído em etapas.
Após uma ampla campanha de arrecadação de fundos feita entre seus torcedores, o Guarani construiu o estádio Brinco de Ouro da Princesa, inaugurado em 31 de maio de 1953 com uma partida com o Palmeiras, que acabou sendo derrotado pelo time de Campinas pelo placar de 3 a 1. Alguns anos depois passou a ser construído em torno do estádio um vasto clube social. Graças à estrutura criada, a equipe passou a se destacar nos campeonatos profissionais.
Mesmo antes da construção do "tobogã", em 1979/80, o Brinco de Ouro chegou a receber 34 513 torcedores presentes no jogo contra o Fluminense, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 1975, no dia 26 de novembro.
O recorde, com o "tobogã", foi de 52 002 pagantes, na semifinal do Brasileiro de 1982, contra o Flamengo, em 15 de fevereiro de 1982.
Em 5 de maio de 1990, jogaram, no Brinco de Ouro, as seleções de Brasil e Bulgária, com público de 51 720 torcedores.
Hoje, o estádio tem capacidade para 29 130 espectadores, de acordo com as novas regras de acomodação, baseadas no Estatuto do Torcedor e nas normas da FIFA.

A maior do interior

A torcida bugrina é considerada, em muitas pesquisas oficiais (Correio PopularEPTV, RMC, entre outros meios de comunicação), a maior torcida do interior do Brasil, ou seja, retirando-se, dos dados, os clubes de capitais estaduais e o Santos Futebol Clube.  Apresenta a melhor média de público do interior do Brasil, mesmo estando em divisões de acesso, desde 2012.
O Guarani possui, hoje, duas torcidas organizadas em atividade: a Fúria Independente (desde 1995), considerada a maior torcida organizada do interior do Brasil, e também a torcida Guerreiros da Tribo (desde 1976), a torcida organizada mais antiga do clube ainda em atividade.

Fatos históricos

  • O Bugre possui o recorde de público de Campinas, com 52 002 pessoas, no jogo Guarani versus Flamengo, em 1982 (a capacidade divulgada naquela época era de 53 mil, diminuída para proporcionar maior conforto e segurança).
  • O Guarani também possui vantagem no chamado Derby Campineiro. São 185 partidas disputadas com 65 vitórias, 61 empates e 58 derrotas, além de um resultado desconhecido.
  • A revista Placar, que, ao final de cada Campeonato Brasileiro, concede o troféu Bola de Prata aos melhores jogadores em cada posição, já premiou atletas bugrinos em diversas ocasiões, a saber:
  • Artilheiros do Campeonato Brasileiro com a camisa do Guarani: Edmar (1985, 20 gols) e Amoroso (1994, 19 gols).
  • Artilheiros do Campeonato PaulistaJorge Mendonça (1981, 38 gols), Evair (1988, 19 gols) e Rubem (1990, 12 gols).
  • Artilheiro da Taça Libertadores da América: Miltão (1979, 6 gols).
  • No Campeonato Brasileiro de 1982 o ataque formado por Lúcio, Jorge Mendonça, Ernani Banana e Careca fez 63 gols em 20 jogos, estabelecendo o recorde de média de gols em Brasileiros que se mantém - 3,15 gols por partida.
  • Também pertence, ao Guarani, o recorde de vitórias consecutivas em campeonatos brasileiros: doze, estabelecido em 1978.
  • O Bugre disputou a Taça Libertadores da América em três ocasiões. Em 1979, foi quarto colocado, em 1987 chegou à segunda fase e, em 1988, às oitavas de final. O Guarani também participou da extinta Taça Conmebol em 1995.
  • O Guarani mantém equipes de modalidades como taekwondo, ginástica olímpica, natação, tênis, basquete, vôlei e futebol feminino, que freqüentemente representam a cidade de Campinas nos Jogos Abertos do Interior.
  • Embora na prática o clube tenha sido criado em 1º de abril, os fundadores do Guarani resolveram que a agremiação só passaria a existir no dia seguinte, a fim de evitar gozações com o Dia da Mentira. Por esse motivo, ficou-se estabelecido que a data oficial de fundação do Bugre seria o dia 2 de abril de 1911 .
  • Estádio Brinco de Ouro da Princesa ganhou esse nome graças a uma matéria feita por João Caetano Monteiro Filho para o jornal Correio Popular, quando seu projeto ainda estava na maquete. Ao visualizar as feições circulares do então futuro estádio, o jornalista achou que ele tinha o formato de um brinco. Como a cidade de Campinas é conhecida pelo apelido de "Princesa D'Oeste", João Caetano escreveu uma matéria com a manchete Brinco de Ouro para a Princesa. A alcunha se popularizou e acabaria por se tornar o nome oficial do estádio do Guarani.
  • O Guarani e o Botafogo (SP) foram os únicos clubes do interior que cederam os seus estádios para jogos da Seleção Brasileira. Em 1990, no jogo Brasil versus Bulgária, ocorreu o segundo maior público do Brinco (51 720 pagantes).
  • O Guarani é o único clube do interior que já foi campeão brasileiro: em 1978, ao vencer o Palmeiras nos 2 jogos finais.
  • O Bugre possui, hoje, a maior bandeira dos times do interior e a 6ª maior do Brasil, com 140 x 40 metros. Ela estreou no último jogo do time na série B do Campeonato Brasileiro, em 2009, retornando a elite do futebol brasileiro em 2010.
  • No dia 23 de outubro de 2016, o Guarani obteve uma vitória histórica de 6 a 0 contra o ABC de Natal no jogo de volta da semifinal do Série C após perder na casa do adversário por 4 a 0, conseguindo uma improvável reversão de resultado.
  • Muitos atletas que se consagraram no Bugre também se consagraram no CorinthiansAmaral (zagueiro), ZenonNeto (meias), João PauloLuizão e Edmar 


CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1978 - MIRANDA,  , ZÉ CARLOS, MAURO NENECA, EDSON e  GOMES,  CAPITÃO, RENATO, CARECA, ZENON e BOZÓ .






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