Carlos Benevenuto Froner, o “Capitão Froner”, nasceu na cidade de São Borja (RS) em 9 de novembro de 1919.
Apesar de ter nascido em São Borja, sua caminhada no futebol foi iniciada na cidade de Santa Maria (RS).
Como lateral direito e meio campista, Froner jogou pelo Guarany Atlântico Futebol Clube de Santa Maria e pelo Sport Club Guarany, da cidade de Cruz Alta (RS).
Atuou ainda como centroavante no time do 8º Regimento de Infantaria, onde ocupava o cargo de Rádio-Telegrafista. Posteriormente, Froner foi transferido para o QG de Porto Alegre.
Em 1947 trabalhou na preparação física do Grêmio Leopoldense de São Leopoldo (RS), onde também deu seus primeiros passos na função de treinador.
Após esse início no Grêmio Leopoldense, Froner trabalhou no Aimoré de São Leopoldo, Flamengo de Caxias, Floriano e Esporte Clube Cruzeiro, até ter uma rápida passagem de apenas quarenta dias pelo Sport Club Internacional.
Surpreendido pela dispensa no Internacional, Froner orientou o Aimoré de São Leopoldo, onde realizou um grande trabalho no certame gaúcho de 1962.
Magoado com os dirigentes, Froner foi o algoz do “Colorado” em um inesperado triunfo do Aimoré por 3×1 no estádio dos Eucaliptos, um resultado que indiretamente acabou favorecendo o Grêmio na conquista do título de 1962.
No findar da temporada de 1963, Froner assinou com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, clube em que obteve grande destaque ao longo de sua carreira.
Conhecido pelos jogadores e pela imprensa como “Capitão Froner”, seu caráter disciplinador foi um dos fatores determinantes na conquista do título gaúcho nas edições de 1964, 1965 e 1967.
Em 1966 outra passagem pelo Aimoré. No mesmo ano comandou o combinado gaúcho que representou o Brasil na conquista da Taça Bernardo O’Higgins.
Froner dirigiu o escrete em duas oportunidades contra o Chile, com uma vitória em 17 de abril por 1×0 e uma derrota em 20 de abril por 2×1.
Os números foram publicados pelo Livro “Seleção Brasileira 90 anos”, dos autores Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.
Depois, Froner passou pelo Clube Atlético Ferroviário (PR). Comandou novamente o Grêmio no início dos anos setenta até ser contratado pelo Santa Cruz (PE) em 1974.
No Arruda”, Froner montou a base da equipe que fez sucesso no campeonato brasileiro. Os pernambucanos caminharam até a semifinal, quando foram eliminados pelo Cruzeiro.
Mas no decorrer do campeonato, Froner deixou o Santa Cruz e assumiu o Clube de Regatas do Flamengo. Então, o destino o fez provar do próprio veneno.
Na última rodada da terceira fase, o time da Gávea acabou eliminado pelo mesmo Santa Cruz por 3×1, um resultado surpreendente em pleno estádio do Maracanã.
Substituído no Flamengo por Cláudio Coutinho, seu próximo destino foi o Esporte Clube Bahia nas temporadas de 1977 e 1978, onde também conquistou títulos e muito respeito.
Em seguida voltou ao Sul para dirigir o Caxias, ocasião em que manteve os primeiros contatos com o então zagueiro Luiz Felipe Scolari, que sempre o considerou como seu mestre.
Mais uma vez no futebol carioca em 1979, Froner enfrentou problemas com alguns jogadores do elenco do Vasco da Gama em razão de sua conduta disciplinadora.
Em entrevista para a revista Placar de 30 de março de 1979, Froner colocou seu ponto de vista sobre os acontecimentos envolvendo sua passagem por São Januário:
– Me chamam de disciplinador, de autoritário e ditador. Vendem minha imagem como se eu fosse um homem péssimo…. Jogar no futebol profissional não é divertimento!
– Os deveres estão lá escritos no contrato de cada um. Eu apenas sou um instrumento da pontualidade e do empenho pelos resultados… Sou exigente em favor de quem me paga!
No entanto, Froner nunca se abalou pelas críticas que recebia por ser durão. Adepto do futebol de marcação, o chamado “Futebol Força” praticado na Europa sempre o encantou.
Nos primeiros anos da década seguinte, Froner trabalhou mais uma vez no futebol da “Boa Terra”. Foi campeão estadual pelo Vitória em 1980 e pelo Bahia em 1982.
Novamente no Grêmio em 1984, o tricolor gaúcho desenvolveu uma boa campanha no campeonato brasileiro e chegou ao vice-campeonato na Taça Libertadores diante do Independiente da Argentina.
O “Capitão Froner” treinou também a Chapecoense (SC), Joinville (SC), Juventude (RS), Clube do Remo (PA) e o Pato Branco (PR).
Longe dos gramados, Carlos Benevenuto Froner preferiu desfrutar da tranqüilidade de Tramandaí, cidade onde faleceu no dia 21 de agosto de 2002, vitimado por uma parada cardíaca.
[ Crédito Tardes de Pacaembu Wordpress.com ]
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