Baré Esporte Clube é uma entidade desportiva brasileira, da cidade de Boa Vista, capital do estado brasileiro de Roraima. É o maior vencedor do Campeonato Roraimense de Futebol, com 28 estaduais, quatro a mais que o seu maior rival Atlético Roraima Clube. O futebol é o principal esporte praticado pelo clube, contando ainda com departamentos de basquetebol, voleibol e handebol.
História
O Baré foi fundado no dia 26 de outubro de 1946, por Aquilino da Mota Duarte (ex-membro do Atlético Roraima), o qual foi também o primeiro presidente do clube.[2] Era o segundo clube do então Território Federal do Rio Branco, atual estado de Roraima, formado três anos após o Atlético Roraima, seu maior rival.
Comandado posteriormente por Claudeonor Freire, Mário Abdala, Hitler de Lucena, Adamor Menezes, Simão Souza, Francisco Galvão Soares, Francisco das Chagas Duarte, Alcides da Conceição Lima Filho, Ruben da Silva Bento, José Maria Menezes Filho, Waldemar de Souza Caldas Filho, Luciano Tavares de Araújo (Zuza) e seus sucessores, seu filho Oziel Araújo, Sâmia Rezek e Lizmena Rezek,[2] a equipe futebolística do Baré acumulou ao longo de sua história dois títulos do Torneio Integração da Amazônia e vinte e seis campeonatos estaduais (vinte e um na fase amadora, até 1994, e outros cinco na fase profissional), além de diversas outras conquistas em outras modalidades esportivas.
Na categoria adulta o registo mais antigo atualmente foi a conquista do título do campeonato rio-branquense de 1950,[3] o Campeonato Roraimense daquele ano.
Em 1983, o time conquistou o Torneio de Integração da Amazônia, conhecido por Copão da Amazônia, composto por clubes dos estados brasileiros amazônicos do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, vencendo o Independência na final, na cidade de Rio Branco, a capital do Acre. Em 1985 o título fora re-conquistado, dividindo o título com o Trem, do Amapá.
Em 1995, recém-profissionalizado, disputou pela primeira vez o Campeonato Brasileiro Série C, sendo, contudo, eliminado precocemente, na primeira fase pelo também roraimense Progresso, de Mucajaí. No Campeonato Roraimense de Futebol de 1996, após derrotar o GAS na final, consagrou-se campeão estadual. O primeiro na era profissional. No mesmo ano disputou novamente a Série C do Brasileirão, onde foi eliminado na segunda fase para o rondoniano Ji-Paraná, da cidade homônima.
Voltaria a disputar a terceira divisão brasileira nos anos seguintes, em 1997 e 1998, sendo eliminado na primeira fase de ambos os campeonatos.
Em 2000 disputara a Copa João Havelange, nome dado ao Brasileirão naquele ano, participando do módulo verde — equivalente a Série C —, repetindo os resultados das últimas participações com a eliminação novamente na primeira fase.
Após anos sem conquistas, o clube voltou a ser campeão em 2006 com o campeonato estadual, sobre seu rival Atlético Roraima, na final realizada no estádio Flamarion Vasconcelos, na capital Boa Vista. Em 2007 participou da Copa do Brasil, enfrentando inicialmente o clube da primeira divisão brasileira América (RN). Em casa, venceu-o no Canarinho por 1 × 0, contudo fora eliminado no jogo de volta, em Mossoró, Rio Grande do Norte, após perder por 2 × 0 para o clube natalense.
No Campeonato Roraimense daquele ano, sob o comando do técnico Rômulo “Querido” Bonates, ocorrido poucos meses após sua eliminação na Copa do Brasil, o clube consagrou-se vice-campeão após uma ótima campanha. Derrotado pelo Roraima nos primeiro e segundo turnos, viu perder o nonicampeonato estadual e a vaga para a Copa do Brasil de 2008.[4]
Símbolos
Escudo
O escudo barelista é um losango irregular com o seu principal nome inscrito em letras vermelhas sobre um fundo branco (imagem). Estas — vermelho e branco — são as cores do clube.
Mascote
Seu mascote é o índio, figura típica da região.[18] Por esta razão é chamado carinhosamente de Índio da Consolata (Consolata é um dos nomes da rua em que encontra-se sua sede), tendo ainda outros apelidos como Colorado da Consolata e O Mais Querido.
Rivalidade
O confronto travado entre Baré Esporte Clube e seu rival Atlético Roraima Clube é conhecido como 'Bareima' — uma contração por aglutinação do nome dos times envolvidos, sendo o mais importante e popular clássico do estado[1] e que tem uma rivalidade de antes da era do futebol profissional, que começou em 1995. Os dois clubes são os maiores detentores de títulos do Estado.[2]
Nas décadas de 60 e 70 os clássicos aconteciam no Estádio João Mineiro.
A origem
O Baré, clube de maior torcida no estado, é dissidente do Atlético Roraima, time com o maior número de títulos em Roraima.
Em 1946, alguns sócios descontentes do Roraima deixaram o clube e resolveram fundar um novo time, dando origem ao Baré. Assim nascia a maior rivalidade estadual até os dias de hoje.
O maior Clássico de Roraima no passado, rivalidade era tanta que torcedor do Colorado não falava com torcedor do tricolor.[18] As equipes que disputam esse clássico são as maiores vencedoras de títulos de Roraima.[19]
No ano de 1951 no Estádio João Mineiro durante um Bareima com a não aceitação da marcação de um pênalti, o médico de uma das equipes segurou a bola e disse: para continuar o jogo o juiz tem que sair”.[20]
Em 2010 teve 15 cartões amarelos e 5 vermelhos, sendo 6 amarelos para o Baré e 9 para o Roraima, e três vermelhos para o Índio da Consolata e dois para o Tricolor do Mecejana.
Em uma partida do primeiro turno do Estadual de 2013, não teve a presença de um atleta nascido no estado de Roraima.[21]
Títulos
REGIONAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Copa Amazônia | 2 | 1983 e 1985 | |
ESTADUAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
28 | 1950 [6], 1953 [7], 1954 [8], 1955 [8], 1956 [8], 1957, 1958, 1960, 1961[9], 1962 [10], 1963[11], 1964 [12], 1965 [12], 1966, 1968 [13], 1969 [14], 1970 [15], 1971[16] 1972[17], 1982, 1984, 1986, 1988, 1996, 1997, 1999, 2006 e 2010 |
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