terça-feira, 1 de agosto de 2017

CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE - RECIFE [ PE ]

        CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE





História

Apesar de a data oficial de fundação ser 7 de abril de 1901, já se falava no Clube Náutico Capibaribe desde o século anterior, quando dois grupos rivais de remadores recifenses se uniram. No início de tudo, em 1897, um grupo de rapazes amantes do remo, comandados por João Victor da Cruz Alfarra, alugava barcos da antiga Lingueta, saindo em pequenas excursões até a antiga Casa de Banhos do Pina. Essas viagens alcançavam até o bairro de Apipucos.
Quando, depois de terminada a Revolta dos Canudos, os recifenses preparavam-se para receber as tropas pernambucanas comandadas pelo general Artur Costa, uma vasta programação foi preparada para a recepção aos soldados. João Alfarra e alguns dos seus companheiros de proeza pelo Capibaribe foram encarregados de preparar a parte náutica da recepção, e ficou marcada uma grande regata para o dia 21 de novembro de 1897.
Essa competição despertou o interesse dos recifenses, que sentiram a necessidade de fazer outras promoções do gênero. O remo começou a ganhar novos adeptos e, no ano seguinte, empregados dos armazéns das ruas Duque de Caxias e Rangel formaram uma agremiação, à qual deram o nome de Clube dos Pimpões. Os componentes do outro grupo, o que tinha brilhado na regata da recepção às tropas de Canudos, animaram-se e houve uma série de combates entre as duas turmas, em 1898, na Casa de Banhos.
No final de 1898, ficou acordada a fundação de uma outra sociedade, que congregaria os dois grupos antes mencionados: o Club Náutico do Recife. Em fins de 1899, por decisão dos seus dirigentes, o clube passou por um processo de reorganização, mas manteve a fidelidade aos esportes náuticos. Nessa ocasião, seu nome foi mudado para Recreio Fluvial. Mas a nova denominação não foi do agrado de todos, resultando que, no início de 1901, foi restaurado o nome anterior – Club Náutico do Recife.
Em 7 de abril de 1901, João Alfarra convocou todos os ligados ao remo para uma solenidade na qual seria lavrada e registrada a primeira ata da agremiação, data que ficou reconhecida oficialmente como a fundação do clube. O documento histórico recebeu a assinatura de todos os presentes - de Antônio Dias Ferreira, presidente da reunião, de Piragibe Haghissé, secretário, e de João Victor da Cruz Alfarra, líder do grupo e pai da ideia.
As primeiras cores adotadas pelo clube foram o azul e o branco.

O futebol

O futebol só apareceu no clube a partir de 1905. Só no ano seguinte, um grupo de ingleses formou o primeiro time. Suas atividades, entretanto, limitavam-se aos domingos, no campo de Santana ou na campina do Derby.
Nessa época, o Náutico ficou conhecido como "Clube dos Brancos", por não permitir negros e mestiços vestindo sua camisa - fato que, assim como em outros clubes brasileiros de origem aristocrática, seria totalmente abolido anos depois.
No Jornal Pequeno de 12 de maio de 1909 encontra-se a primeira referência ao futebol do Náutico:
Consta-nos que os rapazes do Náutico tratam de formar um eleven para bater-se com os do Sport Club
A 21 de junho de 1909, o mesmo jornal publicou o seguinte texto:
Houve ontem no magnífico ground do Derby o primeiro match-training dos estimados rapazes do Club Náutico. Às 5 horas da manhã lá estavam já todos os moços que deviam tomar parte no jogo, alegres e prontos para entrar em combate. Foram logo designados os lugares dos jogadores que tomaram lugar no match-training e dado início ao jogo. Pertencem a este team os arrojados foot-ballers: R. MaunsellHermann LedebourJoão Drayer e Artur Ludgren. Os ensaios terminaram pouco depois das 8 horas da manhã, deixando a melhor impressão ao sr. R. Maunsell instructor dos moços. Serviu referee o senhor Hermann Ledebour. Damos parabéns aos rapazes do Náutico pelo bonito começo no foot-ball.
O Náutico jogou com King (goleiro), Avila (lateral direito), Smith (zagueiro central), Ivatt (quarto zagueiro), Cook (lateral esquerdo), Ramage (cabeça-de-área), H. Grant (meia-direita), Thomas (meia-esquerda), Américo Silva (ponta-direita), Maunsell (centro-avante) e João Maia (ponta-esquerda).
Em 1914, foi criada a Liga Recifense de Futebol, mas o Náutico não fez parte dela. Os seus jogadores procuraram ingressar nos outros clubes que se haviam filiado. O clube João de Barros, atual América, foi o que mais ganhou com a evasão dos jogadores do Náutico.
Em 1915, porém, sentiu-se a necessidade de criar uma nova entidade para orientar o futebol da cidade. Foi fundada dessa maneira a Liga Sportiva Pernambucana, à qual o Náutico se filiou. Com isso, os jogadores voltaram, mas o clube se manteve sem muito interesse até chegar à fase do profissionalismo, quando logo conseguiu ser campeão, em 1934, repetindo o feito em 1939, ano em que foi fundado o Estádio dos Aflitos. Nesta época brilhou Fernando Carvalheira, segundo maior artilheiro da história do Timbu até hoje, com 185 gols, além de ser o maior artilheiro em clássicos contra o Sport e terceiro maior em clássicos contra o Santa Cruz.

Década de 1940: Início de uma Época de Ouro

Em 1945, o Náutico aplicou a maior goleada de sua história, ao vencer o Flamengo do Recife por 21 a 3, sagrando-se campeão pernambucano esse ano. Na primeira metade da década de 1940 despontou no Náutico, Orlando Pingo de Ouro, ídolo da torcida que depois brilharia no Fluminense, ponta-de-lança hábil, veloz e goleador.
O último ano da década de 1940 marcaria a chegada do Náutico como grande protagonista do futebol pernambucano, ao se sagrar tricampeão entre 1950 e 1952 e vencer ainda os campeonatos pernambucanos de 1954 e 1960, conquistando cinco títulos em onze disputados, tendo se sagrado ainda, campeão do Norte e Nordeste em 1952.

Década de 1960: Reconhecimento nacional

O tempo e a história encarregar-se-iam de provar que aquela decisão de dedicar-se com mais interesse ao futebol havia sido uma decisão sábia: o Náutico, um clube laureado nas regatas desde os primeiros tempos, seria, com o passar dos anos, vitorioso também no futebol - pioneiro em Pernambuco em jogos pelo exterior, primeiro tetra, primeiro penta, primeiro e exclusivo hexacampeão pernambucano entre 1963 e 1968. Foi ainda vice-campeão da Taça Brasil em 1967, conseguindo uma participação na Copa Libertadores da América.
Na história da Taça Brasil, o Náutico chegou entre os quatro primeiros colocados por cinco vezes, ficando apenas atrás do Santos neste quesito. Nas seis edições em que participou deste torneio, o Náutico disputou 38 jogos, com 19 vitórias, 6 empates, 13 derrotas, 62 gols a favor e 46 contra. O vice-campeonato de 1967 foi a melhor colocação, com o Timbu ficando 2 vezes em terceiro e outras 2 em quarto, além do sétimo lugar em 1964, na colocação menos brilhante do Náutico na Taça do Brasil.
Considerando a terceira colocação na Copa do Brasil de 1990, por seis vezes o Náutico ficou entre os quatro mais bem colocados de torneios disputados em formato de copas nacionais, melhor performance de um clube do Nordeste, considerando este parâmetro.
Na principal competição sul-americana, o Náutico foi eliminado por um erro da Conmebol, que não havia autorizado duas substituições por jogo naquele ano, regra já estipulada pela FIFA e usada no Brasil pela CBD. O treinador do Náutico, para gastar tempo, substituiu um atleta quando o time já tinha a vitória garantida contra o Deportivo Portugués, da Venezuela, e acabou acarretando a eliminação da equipe, com a perda dos pontos da partida, após o jogo. A equipe venezuelana acabou, então, por ganhar a vaga do Náutico no grupo e se classificar para a fase seguinte.
Na década de 1960, a melhor de sua história, o Náutico conquistaria também o título de tricampeão da Copa Norte em 19651966 e 1967, além de bicampeão da Taça Brasil - Zona Norte em 1964 e 1965 e campeão dos Campeões da Copa Norte em 1966. Um dos principais responsáveis por essas grandes conquistas do Náutico foi o atacante Silvio Tasso Lasalvia, o Bita, maior artilheiro da história do Timbu com 221 gols marcados em 319 jogos entre 1962 e 1971. Uma de suas grandes partidas foi contra o Santos de Pelé, no Estádio do Pacaembu, pela Taça Brasil de 1966, quando o Náutico venceu o Santos por 5 a 3, quando Bita marcou quatro gols. O alvi-rubro se manteria invicto em seu estádio por 85 jogos, com 70 vitórias e 15 empates entre 29 de novembro de 1963 e 30 de Março de 1969.

Décadas de 1970, 1980 e 1990: Oscilações

Na década de 1970 o Náutico só ganharia o Campeonato Pernambucano de 1974, vencendo a final contra o Santa Cruz, tirando deste, que era pentacampeão naquele momento, a possibilidade de se igualar ao Náutico como hexacampeão - feito que o Náutico também fez ganhando o campeonato sobre o Santa Cruz em 2001, permanecendo como hexa único.
O clube viveria um grande momento no futebol ao manter-se invicto por 42 jogos, entre agosto de 1974 e maio de 1975, com o seu goleiro Neneca tendo ficado sem tomar gols, entre agosto e novembro de 1974, exatos 1.636 minutos com a bola rolando. Neneca até hoje ainda é o recordista mundial.
Nos anos 1980, o Náutico foi bicampeão em 1984/1985 e campeão em 1989. Nessa época jogou pelo Náutico o jogador Baiano (que na verdade era capixaba de Vila Velha), terceiro maior artilheiro do Timbu, com 181 gols em 305 jogos. Baiano ganhou ainda o Troféu Chuteira de Ouro, como o maior artilheiro do Brasil nos anos de 1982 e 1983.
A criação da Copa União de 1987, sob uma nuvem de grande desorganização administrativa, afastaria compulsória e injustamente o Náutico da 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro, em vista da forma arbitrária e sem critérios claros pela qual os clubes foram "escolhidos" para aquela competição. Alheio a tudo isso, após uma frágil participação no Módulo Amarelo de 1987, o Náutico corrigiria o erro daquele ano dentro de campo, ao sagrar-se vice-campeão do Campeonato Brasileiro Série B em 1988, reconquistando a vaga na primeira divisão.
A partir de então o Náutico passou a alternar boas e más campanhas, mas manteve-se na 1ª Divisão até 1994, quando foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. Em 1996 e 1997 disputando a Série B, a equipe terminou em 3º lugar em ambos os campeonatos, na luta por uma das duas vagas para o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Coincidentemente estes insucessos iniciaram um processo de decadência do Náutico, que enfrentou grandes problemas administrativos e financeiros naqueles anos, fechando o ciclo de uma década ruim para o clube alvirrubro, sem títulos e que acabou por levar a agremiação ao pior momento de sua história, quando caiu para a Série C do Campeonato Brasileiro, em 1998. Na Série C em 1999 terminou o campeonato em 4º lugar, o que o levou de volta à Série B, onde permaneceria ainda por alguns anos, até o retorno à Série A em 2007.

2001 a 2011: A volta por cima

Na década de 2000, o alvirrubro, após 12 anos sem conquistas, tornar-se-ía bicampeão pernambucano em 2001/2002 (sendo 2001 o ano de seu centenário), sob o comando de Muricy Ramalho (que se transformou em ídolo do clube, sendo atualmente conselheiro), e campeão em 2004. Nesses anos brilharia a estrela de Kuki, terceiro maior artilheiro da história do Timbu, com 172 gols até março de 2007.
Em 2005 o Náutico acabou novamente em 3º lugar na disputa por uma vaga na Série A de 2006. Na última rodada da fase final, em 26 de novembro daquele ano, desperdiçou, jogando em seu estádio, a chance do acesso em jogo contra o Grêmio, numa partida muito disputada, em que o Náutico teve diversas oportunidades e ainda desperdiçou dois pênaltis, mas acabou derrotado ao final por 1 a 0. O jogo ganhou contornos épicos pelas circunstâncias em que foi decidido e ganhou o apelido de Batalha dos Aflitos.
Em 2006, porém, o Náutico mostrou grande e rápido poder de recuperação, enfrentando todas as expectativas negativas da imprensa e desconfiança da torcida. Após longa disputa, em 18 de novembro o time venceu o Ituano em seus domínios por 2 a 0, com um público de mais de 25 mil pessoas, que lotaram o Estádio dos Aflitos. Desta forma a equipe retornou à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, após doze anos de ausência, enterrando o trauma da derrota no ano anterior.
Esse foi um momento de grande alegria para a torcida alvirrubra, confiante em que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar", conforme dito popular. O clube poderia estar classificado uma rodada antes, mas enfrentou um Ituano incentivado pelo Coritiba, que também lutava pela vaga. Os jogadores correram o jogo inteiro, com destaque para Kuki, Felipe e Capixaba. Grande parte dessa conquista se deve aos treinadores que passaram pelo clube, como Roberto Cavalo (foi demitido na única derrota nos Aflitos) e Paulo Campos (que, mesmo criticado, conseguiu colocar o Náutico entre os quatro primeiros clubes da Série B, que ascenderiam à Série A). Por fim, foi contratado Hélio dos Anjos, que levantou o moral da equipe e a encaminhou ao acesso. Na história do Campeonato Brasileiro Série B, o Náutico ao final da campanha do ano de 2006 era o clube que mais pontuou, com 484 pontos conquistados em quinze edições.
Ainda em 2006, foi fundada a Associação dos Amigos da Base (AADB), formada por torcedores e simpatizantes do clube, com o objetivo de atuar no desenvolvimento das divisões de base e assim colaborar com o crescimento do Náutico.
No ano de 2007, o Náutico disputou o seu 23º Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, chegando em décimo-quinto lugar, sendo que no segundo turno foi a oitava equipe que mais pontuou. Em toda a história do Campeonato Brasileiro, o Náutico realizou 431 jogos, tendo conquistado 152 vitórias e feito 545 gols. A melhor colocação do Náutico foi a sexta, no Campeonato Brasileiro de 1984.
No ano de 2008, o Náutico mais uma vez consegue permanecer na Série A depois de um empate de 0x0 com o Santos na Vila Belmiro. O destaque desse jogo foi o goleiro alvirrubro Eduardo, que fez defesas importantíssimas para o clube.
Com o empate, o clube pernambucano garantiu a 16ª colocação do campeonato daquele ano,com os mesmos 44 pontos e o mesmo número de vitórias (11) do Figueirense, mas no saldo de gols, (-10 do Náutico e -24 do Figueirense) o Timbu garantiu sua permanência na Série A.
Na Série A do Campeonato Brasileiro de 2009, o Náutico passou por muitos altos e baixos e, em vista de um mau planejamento, acabou sendo rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2010, teve bom início de campanha na Série B, mas sofreu forte queda de produção no 2º Turno e encerrou sua participação apenas em 14º lugar na disputa.
Em 2011, após a perda do Campeonato Estadual no 1º semestre, a equipe se reorganizou, contratou o técnico Waldemar Lemos, que já havia dirigido o time do Náutico na Série Ade 2009 e manteve boa parte da base do elenco do Campeonato Pernambucano. Após um mau início na disputa da Série B, o Náutico reagiria e conduziria uma campanha sólida, de notável regularidade, invicta em seu estádio onde sempre contou com o apoio incondicional de sua fanática torcida, mantendo-se entre os 4 primeiros colocados durante quase todo o campeonato. Em decorrência destes fatores, conquistou a sua volta para a Série A do Campeonato Brasileiro, por antecipação, após uma combinação de resultados na 37ª rodada, disputada em 18 de novembro, que o favoreceu, mesmo perdendo para o Boa Esporte em Varginha por 2 a 1. Nesse ano, o Náutico foi o único clube nacional, em todas as divisões, que não perdeu nenhum jogo em casa no Campeonato Brasileiro. Foram 13 vitórias e 6 empates, mostrando mais uma vez a força da torcida alvirrubra.

2012: Classificação para a Copa Sul-Americana

O ano de 2012, começou como de costume: participação sem brilho no estadual, onde o Timbu foi apenas o 4º colocado geral, e eliminação na Copa do Brasil, ainda na segunda fase. Contudo, a alegria viria a acontecer durante o Campeonato Brasileiro de Futebol, pois dos 19 jogos que o Náutico fez nos Aflitos, no torneio, venceu 13.
Esse incrível aproveitamento em casa fez com que o time, comandado por Alexandre Gallo, terminasse na 12ª colocação, a melhor posição da equipe na 'era dos pontos corridos' e, também, conseguindo, pois, uma inédita vaga para disputar a Copa Sul-Americana de 2013, depois de esperar mais de 40 anos para voltar a participar de um campeonato internacional.

2013: Perda de jogadores importantes

Começado o planejamento para a nova temporada, o clube vivenciou algumas perdas consideráveis no plantel. Destaques de 2012, como AraújoSouzaRhaynerKieza, por motivos diversos, migraram para outras agremiações, e o próprio treinador Alexandre Gallo, que recebeu o convite e aceitou para as categorias de base da Seleção Brasileira. Todas essas modificações, que ocorreram ainda no decorrer do primeiro semestre, dificultaram a montagem de uma nova equipe. Como em anos anteriores, o Timbu mais uma vez não conseguiu se impor e conquistar o título do Campeonato Pernambucano, mesmo sendo o único time do estado na Série A nacional.
Na Copa do Brasil, acabou eliminado na primeira fase e, os primeiros resultados no Brasileirão também não foram satisfatórios. Houve, porém, a pausa devido a realização da Copa das Confederações, no país, o que daria, teoricamente, uma melhor oportunidade para o entrosamento e fortalecimento da equipe, que, como estímulo, também teria o fato de passar a jogar definitivamente na Arena Pernambuco, com mais disponibilidade de ingressos e conforto para o torcedor.
Na Copa Sul-Americana, o Timbu empolgou tanto a torcida com a classificação, mas na competição foi eliminado pelo seu arqui rival, o Sport. O Náutico disputou uma competição internacional e acabou não saindo de Recife: fez o primeiro jogo na Ilha do Retiro e o segundo na Arena Pernambuco e acabou sendo eliminado nos pênaltis com participação da estrela de Magrão, goleiro do Sport.
O restante do ano não foi positivo para os alvirrubros, as derrotas foram aumentando, o time amargou a lanterna e não saiu da zona de rebaixamento sequer uma vez, até que, na 33ª rodada, o Náutico teve sua queda para a Série B ratificada matematicamente, após a sua 23ª derrota.

2014: Vice campeão estadual, irregularidade na Série B

Depois da perda de uma verba má administrada de quase 50 milhões de reais o Náutico teve de se reconstruir, ao contratar o técnico Lisca Lorenzi, gaúcho, que prometia dar um estilo brigador ao timbu. Os jogadores que mais se destacaram nesta fase foram os meias Zé Mário e Pedro Carmona. Zé Mario marcou o gol que encerrou um jejum de 10 anos sem vencer o rival Sport na Ilha do Retiro. Esse jogo marcou também o início de uma rivalidade entre o treinador Lisca e o atacante do Sport, Neto Baiano, após o técnico ir comemorar a vitória histórica no alambrado do estádio com a torcida alvirrubra. O time no entanto foi eliminado na fase de grupos da Copa do Nordeste. No Pernambucano, o time foi melhor, terminando a fase classificatória em 1º lugar após vencer mais uma vez o Sport, desta vez na Arena Pernambuco. O Náutico estava sem seu principal jogador para a fase final: Pedro Carmona se contundiu na derrota por 5x3 para o Santa Cruz. O timbu derrotou o Salgueiro nos pênaltis nas semifinais e perdeu a final para o Sport no maior público alvirrubro na Arena até então (30 061).
No início da Série B o Náutico se mostrou capaz de brigar pelo acesso, mas desentendimentos do técnico Lisca com a diretoria o fizeram sair do time no meio da competição após eliminação para o América-RN na Copa do Brasil. Em 26 jogos pelo Náutico, Lisca teve 10 vitórias, sete empates e nove derrotas e deixou o time na 4ª posição. Sidney Morais foi contratado e o time continuou perto do G-4 mas não conseguia ingressar no grupo de acesso. Três meses depois Morais foi demitido e Dado Cavalcanti foi contratado para o restante do campeonato, no qual o Náutico terminou em 13º lugar e o artilheiro do time foi Sassá com 9 gols.

2015: Eliminações precoces, volta de Lisca e Dal Pozzo

O Náutico reformulou o grupo mais uma vez e contratou o treinador Moacir Junior, que pretendia usar muito a base alvirrubra neste ano. Após um empate contra o Santa Cruz por 0x0 ele foi demitido. Em nove jogos oficiais no comando do Náutico entre as disputas da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano, Moacir Júnior conseguiu apenas duas vitórias. Foram 27 pontos disputados e apenas 10 conquistados, com um aproveitamento de 37,03%. Lisca voltou a comandar o time alvirrubro mas não conseguiu evitar as eliminações precoces nas fases preliminares do estadual e do regional, ambas para o Salgueiro. O treinador ficou para o Brasileiro Série B e para a Copa do Brasil, onde o Náutico chegou à 3ª fase e foi eliminado pelo Flamengo, mesmo arrancando um empate no 1º jogo no Maracanã por 1x1, o elenco alvirrubro não segurou a força e rapidez dos atacantes Paolo Guerrero e Emerson e foi derrotado por 2x0 na Arena Pernambuco.
Na Série B, Lisca trouxe jogadores mais experientes e que já haviam trabalhado com ele como Fabiano Eller, Rogerinho, Douglas, Willian Magrão, Marino, Hiltinho, Gil, e Rafael Pereira. As adições trouxeram opções a Lisca e mesclou o a jovialidade do time do primeiro semestre com os jogadores "cascudos" trazidos pelo treinador, para fazer do Náutico finalmente um time "brigador e mordido", ao estilo gaúcho do comandante alvirrubro.
Infelizmente os reforços não eram tecnicamente o suficiente para o time, o treinador Lisca foi se desgastando após derrotas para times da zona de rebaixamento e acabou demitido após derrota para o Ceará. Gilmar Dal Pozzo foi contratado e renovou a marcação em cima e os contra-ataques rápidos, trazendo Rafael Pereira para a defesa titular, mudando o meio-de-campo com João Ananias, Jackson Caucaia, Guilherme Biteco e Hiltinho e promovendo a dupla de ataque Bérgson e Daniel Morais, que juntos marcaram 11 em gols em 14 jogos sob o comando do treinador. Infelizmente o time perdeu pontos importantes e ficou a dois pontos do acesso na quinta colocação.

2016:

O Timbu renovou com sua zaga titular (Júlio César, Rafael Pereira, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón Filgueira) e com seu ataque titular (Bérgson e Daniel Morais), com o treinador Dal Pozzo , além de trazer reforços por empréstimo de clubes como Cruzeiro e Atlético Mineiro. São eles: Fernado Pires (Serra Talhada) Roni, Rodrigo Souza e Caíque (Cruzeiro), Eduardinho (Veranópolis), Rafael Ratão (Albirex Niigata), Thiago Santana (Figueirense), Walber (América-MG), Renan Oliveira (Avai) além do retorno de Elicarlos, já para o início do Pernambucano 2016.
Após fazer a melhor campanha no Hexagonal do Pernambucano 2016 com 23 pontos (7v, 2e e 1d) o Náutico foi eliminado nas semifinais pelo seu rival Santa Cruz, com duas derrotas (3x1 e 2x1). Com a eliminação no Pernambucano o técnico Gilmar Dal Pozzo foi demitido e Alexandre Gallo foi contratado para a disputa do 3º lugar com o Salgueiro e para a Série B. Após duas vitórias por 1x0 e 3x0, o Náutico terminou em terceiro lugar no Pernambucano e garantiu a vaga na Copa do Nordeste de 2017, competição que não disputava desde 2015.
A campanha da Série B com Gallo foi instável, e Givanildo Oliveira foi contratado (pela terceira vez) para por em ordem o elenco e a campanha. Com a chegada dos meias Vinícius e Marco Antônio (campeão pernambucano em 2004) o time engrenou e chegou a vencer 7 partidas seguidas. Na última rodada, apesar de depender de resultados, o Náutico poderia subir para a Série A vencendo em casa o Oeste. Perdeu por 0x2 em casa e bateu na trave mais uma vez, ficando com o 5º lugar pelo segundo ano seguido.

2017:

Com eleições no fim do ano, os diretores eleitos fizeram uma reformulação do elenco, ficando apenas alguns remanescentes (Joazi, Adalberto, Rodrigo Souza, João Ananias, Maylson e Marco Antônio). Os reforços foram: Tiago Cardoso (goleiro), Tiago Alves, Ewerton Páscoa e Nirley (zagueiros), Giovanni (lateral-esquerdo), Darlan, Jeferson Renan e Dudu (meio campistas), Anselmo, Giva, Juninho e Willian Silva (atacantes). Um dos fatores da reformulação da equipe é a utilização dos jogadores da base alvirrubra: David, Manoel, Cal Rodrigues e Erick foram os nomes que mais atuaram até agora. O treinador Dado Cavalcanti apesar de um bom início (4x0 no Uniclinic), foi demitido após 7 jogos, perdendo os 4 últimos seguidamente.
Milton Cruz foi contratado para fazer seu primeiro trabalho como treinador, e nos primeiros 4 jogos venceu dois clássicos: 2x1 no Sport e 1x0 no Santa Cruz mas não se classificou para a final do campeonato Pernambucano, que não ganha desde 2004, ou seja por 13 anos.
Após 12 jogos à frente do Timbu, o técnico Milton Cruz é dispensado pela diretoria, no dia 7 de maio de 2017, alegando dificuldades financeiras em manter o treinador, que custava caro aos cofres do clube. Depois de tentar abaixar o salário do técnico, sem sucesso, Milton Cruz deixou o cargo. No lugar dele, foi contratado Waldemar Lemos, que já teve duas passagens pelo Náutico. A última, em 2011, foi a mais marcante, quando conseguiu o acesso para a Série A.
O técnico Waldemar Lemos foi desligado do comando do Náutico após perder para o Paraná, no dia 13 de junho de 2017. O aproveitamento do treinador na terceira passagem pelo clube foi de 12,5%. Em oito jogos, foram cinco derrotas e três empates. O técnico Beto Campos, campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo em 2017, acertou com o Náutico.


CAMPEÃO PERNAMBUCANO DE 1934 - EDSON, ESTÁCIO, TAURINO, OSVALDO SALSA, FERNANDO, SALSINHA, JOÃO MANUEL, ARTUR, ZEZÉ, RAFAEL e EPAMINONDAS.







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